segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Síndrome do Edifício doente

Problemas relacionados com o desconforto e a saúde de ocupantes de certos edifícios têm surgido com freqüência crescente e têm sido objeto de muita atenção da imprensa e dos especialistas em saúde pública.
Quando um percentual significativo dos ocupantes de um edifício apresenta sintomas persistentes, de menor ou maior gravidade, tais como: alergia, dor de cabeça, irritação dos olhos e das mucosas, dores de garganta, tonturas, náuseas e fadiga em geral, não atribuíveis a fatores pessoais de sensibilidade ou doença, e que desaparecem pouco tempo depois da saída do prédio, fica evidente que os sintomas estão relacionados com as condições ambientais no prédio. Estes problemas caracterizam o que se convencionou designar como "Síndrome do Edifício Doente".
O que é mais preocupante: em alguns casos, amplamente divulgados, surtos de graves doenças respiratórias, às vezes fatais para pessoas mais sensíveis, têm ocorrido e foram identificadas como tendo sido transmitidas pelo ar respirado no prédio.

AGENTES CAUSADORES

Os agentes poluidores, irradiantes e/ou patogênicos, responsáveis por estes problemas têm sido amplamente estudados.
Parte desses agentes se origina no ambiente externo, porém a maior parte deles é gerada dentro do próprio prédio.

Legionella

Um dos agentes patogênicos mais perigosos às vezes encontrado no ar ambiente de certos prédios, inclusive hospitais, é uma bactéria que provoca uma forma rara e grave de pneumonia, que pode ser fatal para pessoas idosas ou com pouca resistência, a "Legionella". Foi assim denominada por ter-se manifestado pela primeira vez, de forma virulenta e trágica, na década de 70, provocando a morte de diversos hóspedes de um hotel nos Estados Unidos, todos idosos, participantes de uma convenção da Legião Americana.
Esta bactéria é difícil de identificar e de combater. Estudos demonstram que ela se origina na terra úmida e prolifera em água estagnada, no caso dos legionários, descobriu-se que as bactérias provinham da bacia das torres de resfriamento do sistema de ar condicionado, localizados fora do edifício mas muito próxima da tomada de ar exterior do ar condicionado, o que permitiu que o ar contaminado, efluente das torres, fosse aspirado na tomada de ar e introduzido no prédio.
Pesquisas posteriores descobriram a bactéria em diversas condições de água morna estagnada dentro dos próprios prédios, tais como: cisternas de distribuição de água quente, bacias de banheiros, bacias de umidificação e sistemas similares, donde poderiam se espalhar no ar ambiente e serem respiradas.
Agentes Biológicos
bactérias, vírus, fungos, mofo, protozoários, algas, odores corporais
Agentes químicos
Monóxido de carbono, bióxido de carbono, bióxido de nitrogênio, ozônio, formaldeído, solventes, fumaça de tabaco e diversos outros compostos químicos voláteis
Agentes inertes respiráveis
microfibras de amianto, de lã de vidro, fibras naturais, diversas poeiras